O que tratamos
Asma
A Asma é um problema respiratório presente em cerca de 235 milhões de pessoas em todo o mundo, e no Brasil segundo a Global Asthma Report cerca de 15% a 20% da população sofra com esse problema. Mas afinal o que é asma?
O que é Asma?
A Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, que é caracterizada pelo estreitamento dos pequenos canais de ar dos pulmões, também conhecidos como bronquíolos.
Quando ocorre uma crise de asma há a inflamação das vias aéreas, provocando sintomas como: falta de ar, tosse seca, sensação de aperto no peito e chiado. Isso ocorre porque quando os bronquíolos estão inflamados, a passagem de ar para os pulmões é reduzida, e a produção de muco presente nesses canais de ar é aumentada, dificultando assim a respiração.
A asma pode acometer pessoas de todas as idades, mas geralmente, o diagnóstico é feito ainda na infância. Porém a asma também pode ser desencadeada na vida adulta, geralmente por volta dos 40 anos.
Uma das características da asma é a dificuldade em expirar, isso ocorre pois o ar permanece no pulmão, provocando a sensação de sufoco relatado pelos pacientes.
Quais são as causas da Asma?
A asma não tem uma única causa específica, os gatilhos que desencadeiam uma crise podem variar de uma pessoa para outra. Por isso é importante o diagnóstico feito por um médico especialista, que irá analisar cada caso, e descobrir os fatores de risco de cada pessoa.
Causas mais comuns:
Como mencionamos, os fatores de desencadeamento de uma crise asmática, podem variar de pessoa para pessoa, porém, há alguns fatores que costumam ser mais comuns. Alguns deles são:
Agentes alérgenos
A maioria das pessoas portadoras de asma costumam ter crises após serem expostas por agentes transportados pelo ar como: poeira, ácaros, mofos, fumaça de cigarros, poluição, pelos de animais, entre outros.
Mas há também outras substâncias que quando os portadores de asma são expostos, costumam sofrer com crises, são eles: desinfetantes, produtos de limpeza, tintas e outros produtos que possuam odor forte. Isso acontece, pois, ao inspirar esses tipos de agentes, há uma irritação nos brônquios, o que acaba desencadeando uma crise de asma.
Gripes e Resfriados
Os episódios de gripes e resfriados costumam desencadear crises de asma nos portadores.
Alergias alimentares
Alergias alimentares estão relacionadas com episódios de crises de asma. Alguns alimentos alergênicos mais comuns são: leite de vaca, camarão e crustáceos, ovos, amendoins, entre outros.
Exercícios físicos
Em algumas pessoas portadoras de asma, o esforço físico realizado na prática de exercícios, podem desencadear uma crise.
Variação da temperatura ambiente
A mudança de temperatura também é um fator que pode desencadear uma crise de asma, isso pode ser explicado graças ao choque de temperatura que acaba irritando os brônquios, fazendo com que produzam mais muco.
Histórico Familiar
Pessoas com quadro de alergias na família, possuem uma predisposição genética para desenvolver outros quadros alérgicos, como a asma, por exemplo.
A asma tem cura?
A asma é uma doença crônica, portanto, não tem cura. Porém existem tratamentos capazes de controlar a doença, ao ponto de não haver mais episódios de crises e nem desenvolvimento dos sintomas.
A asma pode matar?
Sim. A asma pode desencadear o agravamento de outros problemas durante uma crise, e consequentemente levar a pessoa à óbito. A Datasus disponibilizou um levantamento de dados que mostra que no Brasil, pelo menos uma pessoa vem a óbito a cada 18 horas devido complicações asmáticas.
Um dado preocupante, levando em consideração, que no mesmo levantamento, foi demonstrado que apenas 13% dos pacientes portadores da doença a possuem sob controle.
Diagnóstico da doença
A asma deve ser identificada por um médico, ele chegará ao diagnóstico levando em conta o quadro clínico associado ao resultado de exames. Alguns dos exames que podem ser solicitados pelo seu médico são: exames de sangue, de imagens, e exames para avaliar o funcionamento dos pulmões, como por exemplo o exame de função pulmonar.
Tratamento
O tratamento da asma consiste em realizar o uso de bronco dilatadores, ou seja, remédios específicos que possuem a função de dilatar as vias aéreas, aumentando assim o seu calibre, e facilitando a respiração sempre que uma crise acontecer. Esses bronco dilatadores são as conhecidas “bombinhas”.
Porém, é preciso estar ciente de que as bombinhas são responsáveis apenas pelo tratamento rápido, porém, é preciso associar a seu uso, o tratamento para desinflamar as vias aéreas. Esse tratamento é considerado à “longo prazo”, e sua finalidade é controlar a doença para evitar possíveis crises.
A asma pode ser dividida em alguns grupos segundo o controle da doença, são eles:
Controlada: quando não há o episódio de crises, e nem sintomas. O paciente não possui restrições a atividades físicas, e nem necessita de fazer o uso de medicamentos para alívio das crises.
Parcialmente controlada: há o aparecimento de sintomas, porém não são tão presentes. Alguns episódios que necessitem de uso de medicação de alívio.
Não controlada: aparecimento de sintomas frequentes, geralmente mais de 3 vezes nos últimos meses, levando a restrições de algumas atividades. Além também, do uso de medicação de alívio frequente.
É importante ter em mente que a gravidade da doença pode alterar com o tempo, por isso pode ser necessário o ajuste da medicação conforme necessidade.
Prevenção da asma
Apesar da asma ser uma inflamação dos brônquios sem um motivo específico, o tratamento e a prevenção podem evitar que crises sejam desencadeadas. Por isso, algumas ações simples podem trazer mais qualidade de vida aos portadores da doença, fazendo com que tenham uma vida mais tranquila, sem a intercorrência de crises respiratórias. São eles:
- Manter o local de permanência (casa ou trabalho) limpo e sem poeira;
- Não fumar;
- Evitar o contato com odores fortes;
- Mantenha uma alimentação saudável;
- Pratique exercícios físicos regularmente;
- Ingerir muita água;
- Tome sol nos horários recomendados;
Apesar da asma não ter cura, seguindo o tratamento correto o paciente que possui a doença pode levar uma vida praticamente normal, com a doença controlada e evitando as crises que atacam o sistema respiratório.